Um estudo recente analisou dados de mortalidade de dez regiões ao longo de três décadas, sugerindo que a expectativa de vida humana pode estar estagnando, em contraste com previsões otimistas de que muitos nascidos no século XXI viverão até os 100 anos.
Jay Olshansky, coautor da pesquisa e epidemiologista da Universidade de Illinois, argumenta que já atingimos limites na extensão da vida, destacando que a melhoria na expectativa de vida, que antes aumentava cerca de três anos por década, está desacelerando.
Entre 2010 e 2019, essa taxa caiu, com o aumento da expectativa de vida em quase todos os lugares, exceto Hong Kong e Coreia do Sul, reduzindo-se a menos de dois anos por década.
Probabilidades mostradas pelo estudo
- O estudo revela que crianças nascidas desde 2010 têm uma baixa probabilidade de alcançar a centena, com chances de 5,1% para mulheres e 1,8% para homens.
- As mulheres de Hong Kong são as que mais provavelmente viverão até os 100 anos, com uma chance de 12,8%.
- Olshansky também chama atenção para um “declínio chocante” na expectativa de vida média nos Estados Unidos, particularmente desde 2010, impulsionado por doenças como diabetes e doenças cardíacas em faixas etárias mais jovens, o que sugere um problema sério de saúde entre certos subgrupos da população.
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Embora Olshansky mantenha uma perspectiva cautelosa sobre o futuro da longevidade, Dmitri Jdanov, demógrafo do Instituto Max Planck, acredita que é prematuro descartar o potencial de inovações médicas. Ele ressalta que, assim como no passado, avanços inesperados em saúde pública e tecnologia podem revolucionar como tratamos doenças, alterando as expectativas de vida.
O estudo destaca a importância de continuar investindo em pesquisa e tecnologia para enfrentar os desafios do envelhecimento e melhorar a saúde da população.