Um curativo de nova geração que cura feridas sozinho, envia dados aos médicos e diminui cicatrizes usando uma combinação de raios de luz e eletricidade. Esta é a última novidade em desenvolvimento por pesquisadores da Universidade de Southampton, Inglaterra.
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Como funciona o curativo inteligente?
- As bandagens de alta tecnologia prometem aposentar o uso de gaze e “band-aid” nos hospitais do futuro.
- Os curativos inteligentes fazem parte da categoria dos dispositivos vestíveis.
- Cada unidade possui componentes eletrônicos flexíveis.
- O circuito removível fica dentro da bandagem e pode ser reutilizado em novos curativos.
- Protótipos já foram apresentados em conferências médicas e podem detectar como uma ferida está cicatrizando e transmitir a informação sem fio ao médico.
- O plano é conseguir também administrar tratamentos remotamente.
- A novidade provavelmente não seria necessária para um simples corte ou arranhão, mas poderia salvar vidas em caso de feridas mais graves.
Pesquisadores da Universidade de Southampton utilizam minúsculas luzes LED nos curativos para emitir luz ultravioleta-C, esterilizando a ferida à medida que cicatriza. Por ora, a invenção está em fase inicial de testes em laboratório:
Uma equipe de cientistas da Universidade da Pensilvânia e Rutgers também estão testando uma versão do curativo em animais que pode detectar infecções e administrar eletroterapia — uma descarga de eletricidade que acelera a cicatrização. Estudos mostram que a estimulação elétrica pode aumentar a migração de células imunológicas para matar germes e remover células mortas no local de uma ferida.
É possível que eventualmente o novo curativo também consiga administrar antibióticos, que podem ser armazenados em uma pequena cápsula ou hidrogel. Em caso de infecção, um médico pode solicitar remotamente a abertura de uma válvula e a aplicação direta do medicamento na ferida, por exemplo.
O que dizem os médicos:
“É uma área muito quente atualmente”, diz Guillermo Ameer, engenheiro biomédico e professor da Northwestern University, ao The Wall Street Journal. “Quando começamos nesta área, há cinco anos, havia muito poucas pessoas olhando para bandagens inteligentes. Agora temos muitos colegas, não só nos Estados Unidos, mas também na China e na Europa.”
“Você poderia ter centros de saúde que monitorassem esses dispositivos e contatassem os pacientes quando houvesse um problema”, acrescentou o Dr. William Tettelbach, especialista em tratamento de feridas e presidente da American Professional Wound Care Association.
Com informações do The Wall Street Journal