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Novo medicamento pode mudar tudo no tratamento de Alzheimer

Uma equipe internacional de pesquisadores, liderada pela Universidade de Lancaster, na Inglaterra, desenvolveu o RI-AG03, inibidor que atua sobre a proteína Tau. E esse medicamento pode trazer um baita avanço para o tratamento da Doença de Alzheimer.

Em suma, o medicamento é o primeiro a atuar em ambas as regiões críticas (“pontos quentes”) que promovem a agregação da proteína Tau – um dos principais fatores que levam à neurodegeneração na Doença de Alzheimer.

Essa abordagem única pode ajudar a lidar com o crescente impacto da demência na sociedade, proporcionando uma nova opção tão necessária para tratar essas doenças devastadoras.

Anthony Aggidis, autor principal da pesquisa, em comunicado

Testes do medicamento para Alzheimer foram bem-sucedidos em moscas e células humanas

Em experimentos laboratoriais e testes em moscas-das-frutas geneticamente modificadas, o RI-AG03 preveniu a acumulação de proteínas Tau. E isso aumentou a vida útil dos insetos em cerca de duas semanas

  • Vale destacar: pode parecer pouco, mas duas semanas extras é muito para essa espécie de mosca, cuja expectativa de vida varia entre 10 e 60 dias, em média.
alzheimer
O RI-AG03 preveniu a acumulação de proteínas Tau, um dos fatores por trás da neurodegeneração na Doença de Alzheimer (Imagem: Roman Bodnarchuk/Shuttersotck)

Além dos testes em moscas-das-frutas, o medicamento foi testado em células humanas biossensores, nas quais conseguiu penetrar e reduzir a agregação das proteínas Tau.

Outro ponto importante: o RI-AG03 foi projetado especificamente para inibir a agregação da proteína Tau. Isso o torna menos propenso a interagir com outras proteínas, o que reduz efeitos colaterais comuns em tratamentos da doença.

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Cientistas planejam testar o novo medicamento para Alzheimer em roedores antes de avançar para ensaios clínicos (Imagem: Nefedova Tanya/Shutterstock)

Um artigo sobre o novo medicamento foi publicado na revista Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association.

  • O projeto envolveu diversas instituições, incluindo as universidades de Southampton, Nottingham Trent, o Instituto Metropolitano de Ciências Médicas de Tóquio e o Centro Médico Southwestern da Universidade do Texas

E agora? Bom, a equipe planeja testar o RI-AG03 em roedores antes de avançar para ensaios clínicos. A expectativa é que o medicamento tenha um impacto significativo nas pesquisas sobre tratamentos para doenças neurodegenerativas.