Em meio a tantos procedimentos estéticos, surgem as polêmicas sobre o uso de uma substância não recomendada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o PMMA. O polimetilmetacrilato se trata de um componente plástico que tem diversas finalidades no setor de saúde.
Uma de suas principais indicações é a correção de deformidades ou perda facial em pacientes com HIV. Além disso, também é usado na fabricação de lentes de contato, implantes de esôfago e cimento ortopédico. No entanto, quando usado para estética a substância apresenta diversos riscos à saúde. Entenda a seguir.
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O que é PMMA?
Sobretudo, o polimetilmetacrilato, mais conhecido por sua sigla PMMA, é uma matéria-prima que possui uma diversidade de aplicações. Todas variam de acordo com as formas de seu processamento e desenvolvimento.
Porém, nos últimos anos a substância se popularizou ao ser uma alternativa para quem deseja fazer preenchimento cutâneo nas clínicas de estética. Embora, contra a recomendação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o procedimento acontecia até pouco tempo.
Contudo, para essa finalidade é preciso ter registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão só autoriza o uso de PMMA em apenas duas situações: correção de lipodistrofia e correção volumétrica facial e corporal. Em ambas, os casos de estética são destinados ao reparo em pacientes afetados em consequência de doenças como a AIDS.
Neste caso, apenas profissionais médicos podem realizar tal procedimento e, ainda seguindo uma série de cuidados, como a realização de teste cutâneo alérgico. O teste é tão importante, que deve ser realizado 4 semanas antes do primeiro uso do PMMA.
Quando usado apenas por estética e em quantidades irregulares, o componente pode trazer sérios danos à saúde, levando até mesmo a quadros graves e morte. Esse foi o caso da influenciadora Aline Maria Ferreira, que faleceu em 2024, no Distrito Federal, após fazer cirurgia estética.
Após o falecimento da modelo, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) pediu a Anvisa a suspensão da distribuição e comercialização de produtos à base de polimetilmetacrilato (PMMA).
PMMA: quais os riscos à saúde?
O uso do PMMA não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, em razão de seu alto risco à saúde dos pacientes. Uma vez que a substância pode gerar complicações irreversíveis, como necroses, cegueiras, embolias e ainda levar à morte.
O perigo do uso da substância em aplicações estéticas é tão alto, que especialistas afirmam que é impossível retirar todo o PMMA do corpo sem causar um estrago grande. Afinal de contas, o componente não é reabsorvível pelo organismo e dura para sempre.
Geralmente, quando usado em grandes áreas do corpo como nádegas e pernas, a substância plástica pode causar alergias, infecção, enrijecimento e até necrose.
Para se ter uma ideia, o PMMA foi listado entre os procedimentos estéticos considerados invasivos a serem realizados apenas por médicos. A lista consta em um dossiê, organizado pelas principais autoridades de medicina do país durante o I Fórum de Defesa do Ato Médico.