No século XIX, a era industrial revolucionou a sociedade com a invenção das máquinas a vapor. Mas e se essa tecnologia tivesse evoluído exponencialmente? O steampunk explora essa ideia, criando histórias onde a estética vitoriana se mistura com a engenharia mecânica, resultando em um universo novo e fantástico.
A estética steampunk já se destacou em diversas obras da cultura popular, como filmes, séries, videogames, histórias em quadrinhos e animes. Neste artigo, vamos explorar o que é esse fascinante gênero.
Steampunk: conheça o subgênero da ficção científica
Dirigíveis cruzando os céus, cidades repletas de engrenagens, tubos de cobre e gigantescas máquinas a vapor: esse é o cerne do steampunk, um subgênero da ficção científica. Ele combina máquinas a vapor, tecnologias retrô, relógios e engrenagens com uma estética inspirada na era vitoriana, sendo ambientado em uma visão alternativa do século XIX, onde a tecnologia a vapor é a principal fonte de energia.
O estilo teve suas raízes em obras literárias de autores como H.G. Wells, Jules Verne e Mary Shelley. Embora suas obras não tenham sido inicialmente classificadas como steampunk, muitos dos elementos que hoje definem o gênero, como máquinas voadoras, robôs e cidades movidas a vapor, já estavam presentes em suas histórias.
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Além disso, o steampunk pode incorporar elementos de outros gêneros, como fantasia, aventura e terror. Dois países se destacam na produção cultural desse estilo: a Inglaterra, que serve como cenário e inspiração para muitos dos mundos steampunk, e o Japão, com destaque nos animes, mangás e games. Um exemplo notável é o anime Fullmetal Alchemist.
Origem do termo steampunk
A palavra steampunk começou a ser usada nos anos 1970. Ela é uma variante de outro subgênero popular da ficção científica, o cyberpunk. Em inglês, “steam” significa vapor, e “punk” faz referência a movimentos culturais de contracultura. O gênero também é conhecido como Vapor Punk ou Tecnavapor (abreviação de “Tecnologia a Vapor”).
Tipos de cenários e ambientações steampunk
O steampunk apresenta diversos tipos de cenários comuns, entre eles:
- Século XIX anacrônico: Histórias que, aparentemente, se passam nessa época, mas com tecnologias e dispositivos diferentes dos que existiam na história real.
- Mundo alternativo: Universos fantásticos que podem ou não ser semelhantes ao nosso, mas que apresentam elementos tecnológicos baseados no vapor.
- Faroeste americano: Histórias ambientadas no Velho Oeste, com cowboys, pistoleiros e travessias no deserto, mas com máquinas a vapor e tecnologias alternativas.
- Pós-apocalíptico: Cenários que se passam em um futuro, próximo ou distante, onde a humanidade sobreviveu a um evento apocalíptico e utiliza tecnologias steampunk para sobreviver.
Produções culturais steampunk
Algumas obras de diferentes tipos de mídia:
Literatura
- Máquina Diferencial (1990), de William Gibson e Bruce Sterling
- As Peças Infernais (2010-2013), de Cassandra Clare
Games:
- Final Fantasy VI – Squaresoft
- Série Bioshock – Irrational Games
Música:
- O álbum Clockwork Angels da banda de rock Rush
Séries de TV:
- James West – Wild Wild West (1965)
- Doctor Who também apresenta elementos steampunk em diversos episódios, com destaque para “The Girl in the Fireplace” (2006)
- As Aventuras de Brisco County, Jr (1993)
- Warehouse 13 (2009)
Quadrinhos:
- A Liga Extraordinária, de Alan Moore e Kevin O’Neill
- Lady Mechanika, de Joe Benitez
- Arcane Sally & Mr. Steam, de David Alton Hedges, com ilustrações do brasileiro Jefferson Costa
Animes:
- Conan, o Rapaz do Futuro, de Hayao Miyazaki
- Laputa: O Castelo no Céu, de Hayao Miyazaki
- Trigun, de Yasuhiro Nightow
- Steamboy, de Katsuhiro Otomo
- Nádia: O Segredo da Água Azul (Fushigi no Umi no Nadia), de Hideaki Anno
Filmes:
- O Grande Truque (2006), de Christopher Nolan
- The Mangler – O Grito de Terror (1995), do mestre do horror Tobe Hooper
- Van Helsing – O Caçador de Monstros (2004), com Hugh Jackman
- Pobres Criaturas (2023), de Yorgos Lanthimos
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