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“Para ganhar a final do Santos vão ter de suar muito.” Promete, orgulhoso, Carille. Direção quer decisão, no estádio do Corinthians – Prisma

"Para ganhar a final do Santos vão ter de suar muito." Promete, orgulhoso, Carille. Direção quer decisão, no estádio do Corinthians - Prisma


São Paulo, Brasil


2024 deveria ser o ano da vergonha.


Pela primeira vez o Santos disputará a Segunda Divisão.


Rebaixado no Brasileiro, depois de campanha pífia em 2023.


Clube fora da Copa do Brasil, não conseguiu se classificar.


Fora da Copa Sul-Americana.


Longe da Libertadores da América. 


Mas a temporada começa de forma surpreendente.


Com o Santos na final do Campeonato Paulista, depois de oito anos longe da decisão.


Mais de 44 mil santistas lotaram a Neo Química Arena, estádio do rival Corinthians, estádio escolhido pela diretoria, por mais dinheiro da arrecadação, R$ 3 milhões.



Não pelos jogadores e muito menos por Carille, que desejavam a Vila Belmiro.


Aliás, o grande responsável, por este momento de alívio em um ano tão difícil, foi o técnico.


Carille fez com que o presidente Marcelo Teixeira o ouvisse nas contratações e chegou à Vila Belmiro uma equipe experiente, mas muito competitiva, para o objetivo do ano, a acesso de volta à Série A do Brasileiro.


E, com toda personalidade, ele ‘mudou o DNA’ do Santos. 


Ao contrário do que aconteceu em 2022, quando foi demitido por tentar montar um time reativo, que marcasse muito, fosse compacto e tivesse contragolpes em alta velocidade, e ótima bola parada, ao contrário dos times ofensivos, que o Santos tinha no seu auge, quando venceu dois Mundiais, dois anos mais tarde, está provando que sempre esteve certo.


A vitória de ontem, por 3 a 1, com gols de Joaquim, Guilherme e Giuliano, com Sasha descontando para o Bragantino, foi justa. Pela efetividade, vibração, compactação. Marca registrada de Carille.



“Chegamos em uma semifinal sendo o elenco mais novo em termos de formação. O Novorizontino quase subiu (para a Séria A, em 2023), o Bragantino jogou pré-Libertadores e o Palmeiras ganha tudo nos últimos anos.


“Vamos ter que brigar muito para suprir isso e incomodar os adversários.


“Mas, para ganhar de nós, vão ter que suar muito, a gente chega muito confiante para a final.”


Carille sabe que tem o elenco nas mãos.


E também o quanto pode surpreender nesta decisão, principalmente se for contra o Palmeiras, dono do segundo elenco mais caro do país.


“Sabíamos o que tínhamos de fazer. Enfrentamos uma equipe que joga bem, tem qualidade de saída. A gente tornou o jogo mais fácil pela nossa atitude, mas não foi fácil.


“O Bragantino começou a finalizar de longe, o que pra gente era importante. Era algo que a gente meio que planejou, de não deixar muitos cruzamentos, eles têm o Sasha que não é tão alto, mas cabeceia muito. Foi o respeito e saber o que a gente tinha de fazer para dificultar o adversário.”



As frias estatísticas mostram que Carille conseguiu o que queria.


Ao fechar as laterais, com João Schmidt e Pituca protegendo de maneira firme tanto Hayner quanto Felipe Jonatan, travando os cruzamentos, o Bragantino usou e abusou dos chutes de fora da área, como Carille tanto queria,.


Os números são assutadores, com o time da Red Bull arrematando 23 vezes, e o Santos, dez.


A esmagadora maioria dos chutes do Bragantino foi de fora da área, o que facilitou a vida de João Paulo. 


O time da Carille foi mais letal.


Principalmente pelo alto. Os gols de Joaquim, Guilherme e de Giuliano foram de cabeçadas.


O time melhorou muito ontem. As últimas partidas do Santos haviam sido muito ruins, fracas.


A volta de Giuliano, para ditar o ritmo, e ganhar o meio-campo, foi fundamental.


“Ele dispensa comentários sobre a qualidade técnica. Já foi o melhor jogador sul-americano pelo Inter, carreira bonita, enfrentei muito na Arábia. Em 2018/2019 foi o grande nome do Al-Nassr. Sabe fazer gol, tocar na bola, perdemos por um período, mas está voltando. Teve uma ótima atuação.”


Carille não quis confirmar, mas Marcelo Teixeira quer a partida do Santos, como mandante, na Arena Neo Química, no estádio do Corinthians, de novo.


Por conta do dinheiro.


“Vamos honrar a camisa do Santos nesta final. Seja onde for”, promete o treinador.


O clube ter chegado à decisão do Paulista foi absolutamente justa.


E contar com 44 mil santistas ao lado é muito melhor do que apenas 18 mil, que a Vila Belmiro comporta.


Finalmente, hoje o santista tem motivo para sorrir.


Os últimos anos foram péssimos, assustadores…