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Pesquisa revela potencial revolucionário de tratamento para doenças autoimunes

Um estudo conduzido por pesquisadores de Cambridge, no Reino Unido, descobriu que as células T regeneradoras – também chamadas de linfócitos T ou Tregs – têm potencial para tratar várias doenças e lesões relacionadas à regulação do sistema imunológico em diferentes partes do corpo.

Entenda:

  • As células T regeneradoras – também chamadas de linfócitos T ou Tregs – têm potencial para tratar várias doenças e lesões em diferentes partes do corpo;
  • Pesquisadores descobriram que, ao contrário do que imaginava, as Tregs podem ser encontradas em vários tecidos do organismo;
  • A descoberta pode permitir que tratamentos sejam direcionados a um só órgão ao contrário do corpo inteiro – o que acaba inibindo o sistema imunológico e aumentando a chance de infecções;
  • O estudo foi publicado na revista Immunity.
Ilustração digital de células de câncer em corrente sanguínea
Descoberta pode revolucionar tratamento de doenças autoimunes. (Imagem: Vitanovski/iStock)

As células T são glóbulos brancos que se originam na medula e migram para o timo, no tórax. Ao amadurecerem, as Tregs vão para os tecidos e órgãos linfáticos secundários – como baço e amígdalas. Até então, acreditava-se que essas células ficavam alojadas nesses locais até serem “ativadas” pelo sistema imunológico, mas o novo estudo indica que, na verdade, elas também estão presentes em outros tecidos do organismo.

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Tregs possibilitam tratamento localizado de doenças autoimunes

Ao analisar 48 tecidos diferentes de camundongos, os pesquisadores encontraram Tregs em todos eles. “Agora que sabemos que essas células T reguladoras estão presentes em todo o corpo, podemos começar a fazer tratamentos de supressão imunológica e regeneração de tecidos direcionados a um único órgão”, disse Adrian Liston, autor correspondente do estudo, ao New Atlas.

Células T possibilitam tratamento localizado de doenças e lesões. (Imagem: Kateryna Kon/Shutterstock)

Como explica a equipe, os anti-inflamatórios atuais atuam no corpo inteiro, não apenas nos tecidos inflamados, inibindo todo o sistema imunológico e nos tornando mais suscetíveis a infecções. Uma droga desenvolvida anteriormente foi usada nos experimentos, e, quando administrada nos camundongos, atraiu e aumentou o número de Tregs em um órgão ou tecido específico, suprimindo a resposta imunológica e promovendo a cura.

“Existem tantas doenças em que gostaríamos de interromper uma resposta imunológica e iniciar uma resposta de reparação – por exemplo, doenças autoimunes como a esclerose múltipla, e até mesmo muitas doenças infecciosas”, completou Liston. Nos próximos anos, a equipe pretende iniciar a realização de ensaios clínicos em humanos.