Todas as regiões do Brasil apresentam níveis de poluição superiores ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os dados fazem parte do Painel de Monitoramento de Poluição Atmosférica, do Ministério da Saúde.
Incêndios florestais e queima de combustíveis fósseis
- Segundo o levantamento, a média anual de material particulado fino (MP2.5) no Brasil é de 9,9 microgramas por metro cúbico.
- Isso é quase o dobro do limite recomendado, que é de 5 microgramas por metro cúbico.
- Segundo pesquisadores, má qualidade do ar no país é resultado da queima de diversos combustíveis fósseis.
- No entanto, o aumento das queimadas, especialmente no Pantanal e Cerrado, também tem contribuído para este cenário.
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Poluição agrava problemas respiratórios
De acordo com o professor Pedro Luiz Côrtes, da Universidade de São Paulo (USP), esse material particulado fino tem a capacidade de penetrar profundamente no nosso sistema respiratório. Além disso, outros poluentes ficam grudados nessas micropartículas, o que também pode gerar problemas de saúde.
O especialista lembra que em períodos de maior concentração de poluentes, há um aumento das internações, especialmente de crianças e idosos, bem como da incidência de doenças cardiovasculares, prejudicando a qualidade de vida das pessoas.
O professor explica que já havia uma previsão de aumento da temperatura e diminuição das chuvas durante o inverno na região Centro-Oeste, o que favorece o aparecimento de queimadas, um das responsáveis pelo aumento da poluição. Por isso, ele observa que é necessário mapear e combater estes focos de incêndio.
Outro ponto a ser observado é a queima de combustíveis fósseis. Além das possibilidades do uso de etanol ou biodiesel, Côrtes aponta que deve haver investimentos no transporte público, o que retiraria diversos automóveis de circulação e, consequentemente, reduziria a poluição.
Ele também destaca sobre a importância de incentivos a veículos elétricos, já que boa parte da geração de energia elétrica brasileira é feita por fontes limpas, abastecendo esses veículos de forma sustentável. As informações são do Jornal da USP.