O ato de fazer “cafuné” é algo típico da cultura brasileira e é famoso não apenas pelo carinho por trás da ação, mas pela sensação prazerosa que os dedos e as unhas causam ao estimularem o couro cabeludo de outra pessoa. Mas por que coçar a cabeça e demais partes do corpo é tão bom?
Os motivos são vários e podem ser interpretadas sob diferentes contextos, que vão desde o estímulo das terminações nervosas até o alívio causado por uma inflamação na pele. A seguir, confira mais sobre a ciência por trás desse fato.
Por que coçar a cabeça e demais partes do corpo é tão bom?
Diferentemente do que as pessoas podem pensar, o prazer por trás do ato de coçar a cabeça e demais partes do corpo não pode ser explicado por um único motivo. Isso ocorre porque o nosso corpo funciona mediante diferentes sistemas, hormônios, e contextos psicológicos que influenciam a forma como recebemos diferentes estímulos (o que inclui o ato de coçar a pele). Em outras palavras, há diferentes motivos que justificam o prazer do ato. Vamos explicar melhor.
Quando você leva as unhas até o couro cabeludo de uma pessoa para fazer cafuné e percebe que ela gosta da sensação, isso ocorre porque o corpo desta pessoa se encontra em um estado de prazer. Esse evento ocorre porque os seus movimentos estimularam as terminações nervosas do couro cabeludo, cujo estímulo foi processado pelo cérebro e pôde influenciar na liberação de alguns neurotransmissores que trazem prazer. A Serotonina, por exemplo, age como uma espécie de “hormônio do bem-estar”, o qual acalma sensações de desconforto e libera a sensação de prazer.
Essa explicação também nos ajuda a entender o porquê coçar uma pele irritada ou ferida também causa prazer: a coceira causada pela dermatite, por exemplo, parece a aliviar após friccionar os dedos repetidas vezes sobre a pele porque a liberação dos neurotransmissores tenta “resolver” o problema da irritação desencadeada pela doença. No caso desta doença, contudo, a solução não é se coçar, mas fazer um tratamento orientado pelo médico.
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Mas, para além de sentir prazer, há outras explicações por trás do ato de coçar o corpo, como coçar-se por puro reflexo, utilizar esta manobra para se livrar de invasores (como insetos), responder a estímulos ambientais irritantes (como crises de ansiedade), etc.
O mais importante no ato de coçar o corpo é entender os seus limites: nunca friccione as unhas demais, pois isso pode deixar a área vermelha e causar lesões, que mais tarde pode se transformar em portas de entrada para agentes infecciosos e alérgenos. Portanto, se você perceber que está se coçando além do que deveria ser saudável (como ao fazer cafuné), é imprescindível marcar uma consulta com um médico Dermatologista ou Alergologista.