Há muitas explicações sobre as linhas que ficam na ponta dos nossos dedos, mas por que será que elas existem? Por que nosso corpo precisa delas? Afinal de contas, por que temos impressões digitais?
Outra questão que também podemos considerar sobre as nossas impressões digitais são o fato de serem mesmo únicas, pois ao que tudo indicava nunca foram encontradas duas pessoas no mundo que tivessem o mesmo padrão de digital. Porém, algumas pesquisas trazem novidades sobre o assunto. Confira tudo isso, neste artigo!
Por que nosso corpo precisa das impressões digitais?
Para começar, as nossas impressões digitais atendem a uma necessidade fisiológica, pois elas que trazem a aderência que precisamos para pegar ou tocar objetos. Afinal, se tivéssemos a superfície lisa nos dedos, essa função não seria possível. Pois os objetos escorregariam de nossos dedos.
É incrível como esses pequenos detalhes nos acompanham durante toda a nossa vida, surgindo aos seis meses, ainda dentro da barriga de nossas mães.
De acordo com Denis Headon, biólogo e pesquisador da Universidade de Edimburgo, em entrevista à Reader’s Digest, as nossas digitais colaboraram para o desenvolvimento do nosso sentido de tato. Headon afirma que essas cristas de impressões digitais são muito úteis para determinar a textura das coisas, como a diferença entre o veludo e uma lixa.
O biólogo acredita que à medida que movemos as pontas dos dedos por uma superfície, as digitais esfregam-se ao longo dela e transmitem vibrações para células especializadas que, por sua vez, são sensíveis a estímulos mecânicos.
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Impressões digitais são mesmo únicas?
De uma forma incrível, nossas impressões digitais são usadas em diversas transações hoje em dia, seja para abrir o aplicativo do banco, celular e até mesmo fechaduras e alarmes. Ou seja, são usadas excepcionalmente por que são únicas e garantem uma segurança maior diante de fraudadores ou invasões.
No entanto, um novo estudo usou IA para analisar milhares de impressão digitais e descobriu que, na verdade, existem, padrões entre elas.
Uma equipe de investigadores da Universidade de Columbia, nos EUA, usou Inteligência Artificial (IA) utilizada para a descoberta, concentrando-se noutras características que não as habitualmente utilizadas na análise de impressões digitais.
Ao avaliar um banco de dados público de impressões digitais, com 60 mil registos, os cientistas descobriram que a orientação das cristas no centro da impressão digital é semelhante para os diferentes dedos de um mesmo indivíduo ou até mesmo pessoas diferentes.
Embora o sistema ainda não seja considerado bom o suficiente para fins reais de identificação, a equipe de pesquisadores está otimista e manifesta 99,99% de confiança que as semelhanças encontradas nas impressões intrapessoais são verdadeiras, e que a IA usada pode ser mais desenvolvida a ponto de alcançar uma taxa de sucesso ainda mais alta.
Os responsáveis pelo estudo acreditam que essa descoberta pode ser de grande ajuda para casos de crimes, por exemplo, onde é necessário priorizar pistas quando existem muitas possibilidades, ajudar a exonerar suspeitos inocentes ou até mesmo ajudar a criar pistas para casos arquivados.