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Saiba por que os médicos não falam mais em dengue hemorrágica

Segundo informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os primeiros relatos de dengue no Brasil datam do final do século XIX. A preocupação à época, porém, não era com essa doença especificamente, mas sim com outra: a febre amarela, também transmitida pelo mesmo inseto.

Por volta de 1955, o Brasil conseguiu erradicar o Aedes aegypti. Nas décadas seguintes, porém, com o relaxamento das medidas de prevenção, o mosquito voltou e a primeira epidemia de dengue foi registrada em 1986.

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De lá para cá, o nosso país sofre com surtos regulares. Este de 2024 é o pior da história. Mas não quero falar sobre os número neste texto. Meu objetivo aqui é tratar das nomenclaturas.

No início dos anos 2000, quando eu era adolescente, lembro muito bem das campanhas na TV e dos jornais falando sobre a doença. E sobre como a dengue hemorrágica era mais perigosa. Aquilo me marcou tanto que até hoje eu usava esse termo “dengue hemorrágica”. E não sou só eu. Conheço bastante gente que também falava a mesma coisa.

Eis que acabo de descobrir que esse nome está incorreto e não é mais usado por especialistas.

Por que não dengue hemorrágica?

  • Porque a hemorragia não é o principal sintoma da forma mais severa da doença.
  • Ela, aliás, nem se manifesta em muitos casos.
  • Essa nomenclatura estava confundindo as pessoas.
  • Por vezes, o paciente estava com a forma severa da dengue, mas, por não ter tido hemorragia, achava que estava com a forma mais leve.
  • Resultado: muitos não procuravam o hospital e a situação de saúde piorava bastante.
  • Além disso, segundo especialistas, o que mata na dengue não é a hemorragia, mas sim a desidratação.
  • Por esse motivo, em 2009, a Organização Mundial da Saúde (OMS) resolveu alterar o nome da doença para “dengue grave”.
  • O Ministério da Saúde aqui do Brasil aderiu a essa mudança em 2014.
  • Ou seja, é errado falar em dengue hemorrágica. Devemos tirar do nosso vocabulário.
dengue
Imagem: Jarun Ontakrai/Shutterstock

Os sintomas da dengue

O Ministério da Saúde recomenda que você procura um posto de atendimento assim que apresentar possíveis sintomas da doença. Mas quais seriam esses sintomas?

De acordo com a pasta, o principal deles é a febre alta, entre 39ºC e 40ºC – principalmente se ela começar de forma repentina. Além disso, é preciso ficar de outro em outros sinais, como:

  • Dor de cabeça intensa;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Dores musculares e articulares;
  • Náusea e vômito;
  • E manchas vermelhas no corpo.

Já a dengue grave tem alguns sintomas um pouco diferentes, como:

  • Dor abdominal intensa e contínua;
  • Vômitos persistentes;
  • Acúmulo de líquidos em cavidades corporais;
  • Sangramento de mucosa;
  • E hemorragias.

As informações são do g1.

Cuidados contra a dengue

Pneus com água parada
(Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mesmo com a chegada da vacina, é importante deixar claro que a melhor forma de se combater a dengue é impedindo a reprodução do mosquito Aedes aegypti.

Para isso, é importante que você, cidadão comum, também ajude nessa luta – e fazendo coisas simples no dia a dia.

  • Mantenha a caixa d’água da sua residência bem fechada;
  • Não deixe a água acumular em vasos de plantas ou pneus velhos;
  • Limpe bem as calhas da sua casa;
  • Esvazie sempre garrafas, potes e vasos – tudo que possa deixar água parada;
  • Não acumule sucata ou entulho;
  • E cuidado com as piscinas sem manutenção e que são pouco utilizadas.

E lembre-se, o Olhar Digital tem um vasto material sobre a dengue. Você pode acessar tudo isso por aqui.