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Santos elege novo presidente em meio à crise e quase R$ 80 milhões a menos de receita para 2024 – Esportes

Santos elege novo presidente em meio à crise e quase R$ 80 milhões a menos de receita para 2024 - Esportes


Em meio à maior crise de sua história, o Santos decide neste sábado (9) quem será o presidente do clube para o triênio (2024-2026). Entre inúmeros desafios do próximo mandato, o cartola que for eleito terá uma receita extremamente impactada pelo inédito rebaixamento para a Série B do Brasileirão e pela ausência na Copa do Brasil, torneio com a maior premiação do país.


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Concorrem ao cargo Ricardo Agostinho, Wladimir Mattos, Rodrigo Marino, Maurício Maruca e Marcelo Teixeira. Quem vencer o pleito pegará um Santos que, além de rebaixado, não disputará Copa do Brasil e não estará em nenhuma competição continental.



Com o time na segunda divisão, as receitas de direitos de transmissão serão fortemente impactadas, assim como a arrecadação com venda de ingressos e sócios-torcedores, uma vez que a Série B não conta com o mesmo apelo para a torcida.


Mas, afinal, quão grande é o buraco em que o time está?


Direitos de transmissão e premiações

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O maior impacto nas receitas de 2024 virá das cotas de televisão. Na Série A, o Peixe contava com mais segurança financeira, já que ganhava anualmente cerca de R$ 100 milhões, que englobam cotas de pay-per-view, da TV aberta, TV fechada, além da premiação por desempenho esportivo no Brasileirão. 


No Brasileirão de 2022, o Peixe terminou em 12º e recebeu quase R$ 75 milhões dos grupos televisivos que transmitem a competição. Em 2023, esse valor já será menor, pois o clube não tem direito a variável por desempenho, já que foi rebaixado. 


Esse dinheiro, inclusive, é o impasse para o pagamento dos salários de atletas e demais funcionários no mês de dezembro. O presidente Rueda contava com a quantia, que seria em torno de R$ 16 milhões, para honrar a folha salarial, mas o clube está sem dinheiro em caixa, segundo informações do colunista Fabiano Farah, do R7. 



Em 2024, o Peixe terá de optar por receber o valor do pay-per-view ou a cota fixa de TV, que é de “apenas” R$ 10 milhões. O prejuízo, portanto, será na casa dos R$ 65 milhões, só com o Brasileirão.


Na Copa do Brasil, o pagamento dos direitos de transmissão é feito conforme o desempenho dos clubes. Em 2023, o Peixe foi eliminado nas oitavas de final para o Bahia, mas faturou R$ 8,5 milhões. No próximo ano, o time não contará com esse dinheiro, uma vez que nem sequer conseguiu se classificar para a disputa do torneio. 


A presença na Série B também significa que o Santos não disputará nenhuma competição internacional em 2024. Ou seja, premiações milionárias vão deixar de entrar nos cofres. Em 2023, por exemplo, foram cerca de R$ 5 milhões faturados na Sul-Americana. 


Calendário reduzido


Com a ausência na Copa do Brasil, o Santos disputará apenas 50 jogos oficiais em 2024 (12 do Paulistão, mais 38 da Série B). A título de comparação, a média das últimas temporadas foi de 63 partidas por ano.


A menor quantidade de jogos e com apelo menor ao público impactam as receitas, especialmente de bilheteria e no quadro de sócios-torcedores. 


Além disso, os acordos comerciais podem sofrer reajustes com o rebaixamento do time, o que diminuiria os valores a serem pagos ao clube, pois os patrocínios foram fechados quando o time disputava a Série A.


Dessa forma, a menor exposição da marca também terá um impacto negativo nas verbas de placas publicitárias.


Uma nova realidade


Com um cenário quase de terra arrasada, o próximo presidente do Santos terá que lidar com uma dura realidade. 


A folha salarial do Peixe, por exemplo, é de quase R$ 12 milhões, a sétima maior do país, à frente de Fluminense (R$ 8 milhões), campeão da Libertadores, e Botafogo (R$ 11 milhões), que liderou o Brasileirão por 31 rodadas antes da derrocada do segundo turno. 


Considerando que a folha salarial do Vitória, campeão da Série B em 2023, foi de R$ 2,5 milhões, o Santos terá de reduzir de forma considerável os salários. A venda de ativos importantes, como Marcos Leonardo, Jean Lucas, Soteldo e João Paulo, deve ser a solução para viabilizar as operações financeiras do próximo ano. 


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