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Stellantis reduz projeção de lucro e sinaliza cortes na produção

A Stellantis, dona de Fiat, Jeep e outras marcas, reduziu as projeções de vendas e de lucro para este ano. A notícia chega no momento em que a empresa tem sido criticada pela sua gestão e os trabalhadores ameaçam entrar em greve.

Stellantis enfrenta cenário de dificuldades

  • De acordo com a Stellantis, o lucro operacional será, na melhor das hipóteses, de 7%.
  • O número é menor dos que os 10% esperados pelo mercado.
  • A diminuição da projeção se deve ao aumento dos gastos nos Estados Unidos, onde a empresa está buscando otimizar as operações.
  • Desde o início de 2024, as ações da companhia despencaram quase 50%.
  • Além disso, o sindicato que representa os trabalhadores das fábricas da empresa nos EUA está ameaçando entrar em greve em função da possibilidade de corte de empregos.
  • A situação levanta discussões sobre o futuro de Carlos Tavares, presidente-executivo da Stellantis.
Carlos Tavares, presidente-executivo da Stellantis, está sofrendo pressão (Imagem: divulgação/Stellantis)

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Gestão da empresa é criticada

A Jeep e outras marcas da Stellantis vendidas nos Estados Unidos aumentaram os preços mais do que outras montadoras nos últimos anos. Além disso, esperaram mais tempo para oferecer descontos quando a demanda desacelerou.

As altas taxas de juros tornaram esses preços ainda mais proibitivos para os consumidores. O resultado foi uma queda na demanda. A participação de mercado das marcas da empresa no país de 10,4% para 8,6% em junho deste ano.

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Ações da companhia despencaram quase 50% neste ano (Imagem: MikeDotta/Shutterstock)

Ao mesmo tempo, a empresa alertou que fará “ajustes de capacidade”, reduzindo o número de carros enviados às concessionárias. Não foram divulgados maiores detalhes, mas isso pode significar cortes na produção de veículos.

Kevin Farrish, presidente do Conselho Nacional de Revendedores da Stellantis, se disse muito incomodado com a situação. Ele acusou a empresa de tomar decisões que favoreceram os lucros dos próprios executivos, e que teria ajudado Tavares a receber um aumento salarial de 50% no ano passado.

Em um comunicado, a empresa respondeu que a remuneração do presidente-executivo está em linha com a de outros executivos-chefes automotivos, levando em consideração os lucros corporativos. As informações são do The New York Times.