A empresa japonesa Hitachi iniciou testes importantes com um supercaminhão elétrico basculante em uma mina de cobre e ouro a céu aberto na Zâmbia. Movido a bateria, o protótipo está tendo o desempenho analisado, assim como os engenheiros estão verificando a infraestrutura de suporte.
Apesar de ser considerado um processo bem nocivo para o meio ambiente, a mineração tem buscado uma série de esforços para diminuir esse perfil. Pelo menos no que diz respeito ao maquinário pesado. GM, Fortescue, Caterpillar e Anglo American, por exemplo, também têm apresentado modelos nesse sentido.
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O desenvolvimento do supercaminhão elétrico pela Hitachi Construction Machinery começou em junho de 2021, com apoio de parcerias importantes. Em 2023, a mineradora First Quantum Minerals entrou nessa empreitada, concordando com testes de viabilidade para o caminhão em sua mina de cobre/ouro Kansanshi na Zâmbia – onde vários caminhões da Hitachi já estavam em operação.
Um supercaminhão para centenas de toneladas
Esses veículos operam tanto com motor de combustão interna quanto com energia elétrica de cabos aéreos. A versão elétrica a bateria do supercaminhão promete eliminar completamente as emissões de diesel, uma vantagem significativa considerando que 92% da energia da Zâmbia provém de fontes renováveis.
Os testes iniciais do protótipo foram concluídos em janeiro deste ano. Veja um pouco do “caminhãozão” em ação:
O modelo elétrico a bateria se baseou no Hitachi EH4000 AC-3, que possui 14 metros de comprimento e 7,14 metros de altura (parecido com a altura de um sobrado). Já os pneus são de 74 cm (29 polegadas).
Alimentado por um motor Cummins de 2.500 cv, o supercaminhão conta ainda com frenagem regenerativa (que ajuda a reduzir a necessidade de paradas para recarregar). Com capacidade de carga de 243,6 toneladas, o veículo deve operar continuamente na mina também graças à rede de linhas de carregamento aéreo.
Embora a capacidade exata da bateria não tenha sido divulgada, a configuração de carregamento dinâmico deve permitir um tamanho de bateria menor. Isso reduziria os custos de produção e maximizaria a capacidade de carga útil.
Via New Atlas