A coreógrafa e bailarina Thaís Carla se manifestou por meio das redes sociais, nesta terça-feira (19), após a circulação de um falso vídeo íntimo em que ela e o marido, o empresário Israel Reis, supostamente aparecem tendo relações sexuais — quem está na produção, a rigor, são outras pessoas. O compartilhamento do vídeo falsamente atribuído ao casal configura crime cibernético, e a dançarina agora pretende tomar as devidas medidas na Justiça.
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“Os materiais maliciosos induzem os usuários a acreditarem que a influenciadora e seu companheiro tiveram vídeos íntimos vazados ou postados, o que é uma inverdade. Os vídeos postados não são de autoria, nem sequer retratam a imagem da artista, inclusive não exibem as características como tatuagens, cicatrizes, formas e curvas únicas do casal”, enfatiza o comunicado divulgado pelo escritório de advocacia que representa Thaís Carla.
Os representantes jurídicos da bailarina e influenciadora digital — que mantém 3,3 milhões de seguidores no Instagram — ressaltam que, além de conteúdo inverídico, as postagens propagaram pornografia, nudez, gordofobia e racismo.
Por meio de vídeo publicado nos Stories do Instagram, Thaís Carla se manifestou. “Acordei sendo o assunto mais comentado do Twitter. Adivinha pelo o quê!? Supostamente vazou um vídeo meu aí… Mas que vídeo é esse, gente? Cadê? A primeira coisa: não sou eu no vídeo! Dá para ver nitidamente. É só uma pessoa gorda ali transando. E qual é a problemática disso tudo? É a gordofobia que está instalada na cabeça das pessoas”, afirmou ela.
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A influenciadora digital continuou: “As pessoas sentem nojo e falam que querem desver isso. Por que esse horror ao corpo gordo? Ele não pode ser desejado? Por quê? Fica aí o questionamento. Mas, para tristeza de muitos, não sou eu (no vídeo), poxa vida… E se fosse, meu amor, estaria transando lindamente, gostosa e maravilhosa”, acrescentou Thaís Carla.
Esta não é a primeira vez que Thaís Carla aciona a Justiça para denunciar crimes cibernéticos. Em fevereiro deste ano, abriu uma ação judicial contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que compartilhou uma foto da influenciadora digital vestida de Globeleza nas redes com o comentário: “Tiraram a beleza e ficou só o Globo”.
À época, a defesa de Thais pediu uma indenização de R$ 52 mil por danos morais e uso indevido de imagem. “Estar ocupando o cargo de deputado federal não autoriza o político a violar a legislação vigente no país. Como especialistas em direito de imagem e em crimes cibernéticos, destacamos que a liberdade de expressão não é absoluta. Sendo assim, entendemos que o Sr. Nikolas Ferreira violou, para além da imagem, a honra da nossa cliente”, afirmaram as advogadas Ives Bittencourt e Janaína Abreu, em nota, naquele período.
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A defesa argumenta ainda que esse tipo de ação é importante para combater a gordofobia. “Ações como essas são fundamentais para reestabelecer a dignidade da população gorda do Brasil, que ainda em 2023, segue invisibilizada e marginalizada em todas suas esferas”, concluíram.
Após a grande repercussão negativa do comentário, o deputado postou um vídeo irônico para comentar as críticas: “Fiz uma declaração aqui sobre essa modelo e vim aqui para pedir desculpa. Pedir desculpa, porque a gente fala, a gente erra, e onde já se viu, né? Onde eu tava com a cabeça de dar a minha opinião. De chamar uma gorda de gorda”, disse. Em seguida, postou uma foto editada em que simulou o próprio rosto em um corpo gordo e ironizou: “Pronto, agora tenho lugar de fala”.
Thaís Carla é conhecida nas redes sociais pelas coreografias e forte luta na militância gorda. É comum ela publicar fotos de biquíni, ressaltando a beleza das pessoas gordas e vídeos das suas coreografias. Em outubro de 2021, ela obteve vitória na ação que moveu contra o humorista Leonardo Lins também por gordofobia.