O TikTok vai encerrar oficialmente o seu serviço de música, apenas dois anos desde que a empresa que controla a rede social, a chinesa ByteDance, lançou o streaming em uma tentativa de concorrer com os gigantes do ramo, Spotify e Apple Music.
O TikTok Music, como era conhecido o serviço, encerrará em 28 de novembro, disse a empresa nesta terça-feira (24) em seu site.
“As informações da conta do TikTok Music e os dados pessoais serão excluídos automaticamente após o fechamento do TikTok Music”, disse. Os usuários foram aconselhados a transferir as playlists para outros serviços até 28 de outubro.
“Fecharemos o TikTok Music no final de novembro para focar em nosso objetivo de promover o papel do TikTok em impulsionar ainda mais a audição musical e o valor nos serviços de streaming de música, para o benefício de artistas, compositores e da indústria”, disse Ole Obermann, chefe global de desenvolvimento de negócios musicais da empresa.
- A ByteDance começou a conversar com gravadoras sobre a expansão de sua oferta de streaming de música para competir com os líderes da indústria em 2022, com ambições de entrar na indústria canalizando a popularidade das músicas virais do TikTok.
- A gigante dos vídeos curtos lançou a plataforma de streaming de música por assinatura em julho do ano passado na Indonésia e no Brasil, e depois se expandiu para a Austrália, México e Cingapura semanas depois.
- Os vídeos do TikTok foram creditados por catapultar novos artistas e criar canções de sucesso, o que levou a conflitos com gravadoras.
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Em fevereiro, o Universal Music Group retirou a música de seus artistas do TikTok em um desentendimento sobre se os músicos eram pagos de forma justa por seu trabalho aparecendo no aplicativo.
A briga, que resultou em vídeos no TikTok aparecendo sem áudio, destacou a crescente importância das empresas de mídia social para a indústria musical.
Bilhões de vídeos do TikTok usam músicas do catálogo da Universal, que inclui alguns dos maiores artistas do mundo — Taylor Swift, Bad Bunny, Olivia Rodrigo, Drake, SZA e Billie Eilish.
As empresas chegaram a um acordo em maio para devolver a música da Universal à plataforma, aumentando os royalties dos artistas e ampliando as proteções de inteligência artificial.